sexta-feira, 14 de março de 2014

Tucanos tentam criar uma realidade paralela na economia

Na falta de propostas e diante de um candidato que ainda não disse a que veio, os tucanos tentam novamente construir uma realidade paralela. Tentam desconstruir as conquistas que estes onze anos de governo do PT trouxeram para o país. E tentam ainda fazer de conta que não deixaram a economia em uma situação precária ao final do governo FHC. Essa estratégia já foi denunciada aqui pelo ex-ministro José Dirceu.

Ontem, em evento em São Paulo sobre os 20 anos do Plano Real, os tucanos falaram. E falaram muitas impropriedades – para dizer o mínimo.

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, por exemplo, afirmou que o país passa por “momento de grande frustração e grave perigo”. Isso, segundo ele, por causa de uma política macroeconômica mais frouxa, que seria muito focada no consumo e pouco na produtividade.

Para dizer o mínimo, isso não é verdade. De fato, o governo valorizou o consumo, o que é um resultado social da política econômica. Mas, apenas para ficar num exemplo, no segundo mandato do governo Lula o investimento crescia entre duas e três vezes a expansão da economia. A análise de Fraga só reforça o preconceito do tucanato contra a ascensão econômica dos mais pobres durante o governo do PT.

Fraga ainda reclamou da inflação – que está dentro da meta desde o início do governo do PT. Muito diferente da inflação em descontrole que FHC entregou a Lula. Outra vez, algo que sempre foi lembrado aqui por Dirceu.

Pérsio Arida, sócio do BTG Pactual e ex-presidente do BC, disse que é preciso reduzir os juros. Certamente, estamos de acordo. Mas os tucanos não podem se esquecer da taxa de juros de mais de 40% no governo FHC.

Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, criticou os gastos do Estado. Não surpreende, já que a política tucana seguia a cartilha do FMI, segurando investimentos, prejudicando a produção e aumentando o desemprego.

Ou seja, os tucanos não mudam. Pregam a mesma receita que já se mostrou desastrosa no Brasil e no mundo. E fingem não saber que, em 2003, recebemos um país endividado, sem crédito, com alto desemprego e inflação, com a saúde e educação sucateados e uma infraestrutura de 20 anos atrás. (Blog do Zé Dirceu)

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