terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pará tem 66 envolvidos na lista suja do trabalho escravo

A lista suja do trabalho escravo nunca foi tão extensa. Fechou 2011 com a inclusão de 52 empregadores (nove deles no Pará) e, com isso, atingiu um novo recorde de 294 infratores entre pessoas físicas e jurídicas (66 deles no Pará), segundo dados do Ministério do Trabalho. Passaram a constar da lista em dezembro grupos de usineiros, madeireiros, fazendeiros e empresários do ramo imobiliário, de supermercados e shoppings, além de políticos e médicos. A construtora BS, contratada pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), responsável pela hidrelétrica de Jirau (no Rio Madeira, em Rondônia) está entre os novos integrantes da relação.

O perfil dos infratores foi elaborado pela ONG Repórter Brasil, que acompanha o Ministério do Trabalho. Segundo a ONG, a Construtora BS foi flagrada utilizando 38 trabalhadores nas condições análogas à escravidão (de endividamento para com o patrão, além da situação precária dos alojamentos). Procurada, a empresa não retornou as ligações até o início da noite de ontem.

Criada em 2005, a lista suja é atualizada a cada seis meses. Quem for incluído só sai depois de dois anos, após o pagamento das dívidas trabalhistas e multas. Para ficar fora, a empresa também não pode ser reincidente. A maior penalidade, segundo o diretor de fiscalização da área no Ministério do Trabalho, Alexandre da Cunha Lyra, é a impossibilidade desses infratores de obter crédito em bancos públicos: 'Eles (os incluídos) não estão preocupados com o valor da multa ou a caracterização de crime, mas com o bolso, com a possibilidade de não poder tomar crédito'. (Portal ORM)

Nenhum comentário:

Postar um comentário